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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ |
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Sessão: 100.2019 |
Hora: 16:44 |
Fase: GE |
Orador: ASSIS CARVALHO, PT-PI |
Data: 14/05/2019 |
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O SR. ASSIS CARVALHO (PT - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, primeiro, eu quero dizer que compreendo que esta Casa tem um papel fundamental em relação à democracia deste País e que tenho profunda discordância daqueles que tentam usar o argumento da força, porque lhes falta a força do argumento. O argumento da força recorre à bala, ao soco, ao tapa, ao xingamento. Este não é o caminho correto. Recorro à maioria do Parlamento do meu País. Nós sempre temos que acreditar na força do argumento. Por isso condeno veementemente os palavrões e os xingamentos, porque isso não constrói democracia.
Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para condenar também, de forma veemente, aqueles que agridem a educação do nosso País. Nós compreendemos que não há outro investimento a favor da segurança e contra a violência que não seja exatamente o investimento na educação. Neste momento, quando universidades públicas e institutos federais do meu País sofrem uma agressão tão forte, eu venho aqui exatamente para dizer que vamos lutar.
Eu espero que amanhã, dia 15 de maio, o povo brasileiro ocupe as ruas, em defesa da educação e em defesa da soberania nacional, porque agredir a educação é agredir a própria soberania nacional.
Dizer que estão sendo contingenciados 30% das verbas da educação, tenha paciência, é achar que o povo brasileiro não tem inteligência, que o povo brasileiro acredita em qualquer loucura que se coloque dos microfones. Vamos defender da educação!
Também quero dizer, com todas as letras, que a proposta de reforma da Previdência Social aí colocada só tira direitos de quem já não tem, dos pobres. Mostram, na televisão, aquilo que não está no projeto. É mentirosa a afirmação de que a proposta só mexe em privilégios. Ela mexe exatamente no Regime Geral de Previdência Social, cujos benefícios têm teto máximo de 5.800 reais. Quando ela mexe no Regime Próprio de Previdência Social, mexe com o professor e a professora, Deputada Lídice da Mata, mexe com o enfermeiro e a enfermeira, mexe com o pobre coitado, mas não mexe com privilégios, porque quem está aí não tem coragem de enfrentar privilégios.
Quero dizer que o Presidente Lula defendeu, sim, uma reforma e a fez, mas sem agredir os pobres. A Presidente Dilma, em 2013, fez uma reforma, mas sem agredir os pobres. O Governo de agora, que não tem coragem de enfrentar os poderosos, agride exatamente os mais humildes.
Sr. Presidente, solicito que autorize a publicação do nosso pronunciamento nos meios de comunicação desta Casa, em especial no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.