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O SR. JAIR BOLSONARO (Bloco/PP-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu teria muita honra de ser gaúcho, mas sou paulista eleito pelo Rio de Janeiro.
Sr. Presidente, eu gostaria de tratar de dois assuntos. Nós estamos na reta final de elaboração e votação do relatório da reforma política, e há uma grande preocupação de que todo o nosso trabalho não dê em nada, tendo em vista os vários interesses partidários e individuais envolvidos.
Assim sendo, eu acredito, Sr. Presidente, nobres pares, que a aprovação da Emenda n° 10 a essa PEC, por coincidência emenda de minha autoria, possa resgatar o que há de mais importante numa eleição democrática, que é a sua confiabilidade. A emenda permite o voto impresso ao lado da urna eletrônica, ou seja, o eleitor digita o voto para Presidente até Deputado Estadual, por exemplo, aparece na tela o nome do candidato, ele aperta um botão e assim imprime em um pedaço de papel aquela relação. Então, o eleitor, para confirmar a escolha, aperta um botão e aquele voto impresso cai em uma urna de lona, uma urna como aquela do passado. Ao término das votações, às 17 horas, os votos são apurados eletronicamente e aquela urna de lona vai para o respectivo Tribunal Regional Eleitoral. Em havendo suspeição, qualquer Presidente de partido poderá pedir a recontagem, parcial ou total, dos votos. Pronto!
Vejam como é preocupante a situação. Há poucas semanas, a nossa querida Dilma Rousseff esteve no Equador e assinou uns acordos na UNASUL - que não tem muita diferença do pessoalzinho do Foro de São Paulo -, criando uma unidade técnica de coordenação eleitoral para a América do Sul. Ou seja, a Esquerda descobriu que a maneira mais fácil de se perpetuar no poder é manter essa urna Smartmatic. Pronto, ponto final! (Palmas nas galerias.)
Com o voto impresso, vocês vão ter a certeza de que votaram para Presidente da República, por exemplo, no Lula, no Aécio Neves, no Ronaldo Caiado, no Jair Bolsonaro, em seja quem for seu candidato em 2018. Assim vocês vão saber que votaram naquela pessoa e que aquele voto foi contado.
Muito obrigado pelas palmas!
Outro assunto, Sr. Presidente. Eu estive semana passada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Fui muito bem recebido. Fui lá para receber uma medalha ofertada pela Polícia Militar do Estado. O Comandante da Polícia Militar, Coronel Oliveira, tratou-me muito bem. Foi uma festa maravilhosa. Maravilhosa!
Eu aproveitei o momento, já que a imprensa estava lá e veio para cima com aquelas perguntas de sempre, a que estou cansado de responder, aproveitei o espaço que eu tive para mostrar que Mato Grosso do Sul tem problemas sérios, como, por exemplo, a indústria da demarcação de terras indígenas.
As terras férteis de Dourados estão ficando inviabilizadas para a agricultura. Prejudica-se o agronegócio. A fronteira mais ao norte e o cerrado também. Por quê? Por causa das demarcações de terras indígenas.
É um crime o que estão fazendo com o território nacional! Hoje nós já temos demarcada como terra indígena uma área maior do que a Região Sudeste. E tudo terra rica! Não tem área indígena em cima de terra pobre. Isso não existe!
O índio não fala a nossa língua, não tem dinheiro, é um pobre coitado que está sendo tradado como animal de zoológico! Confina-se o índio lá dentro, e por pressões internacionais, em especial. Nessas terras demarcadas, nessas terras riquíssimas, com toda a certeza, mais cedo ou mais tarde, provocando-se a sua independência - hoje já chamadas de nações -, o Primeiro Mundo virá aqui explorar a nossa biodiversidade, os nossos minerais, a água potável e, o que é uma grande preocupação, os enormes espaços vazios dessas áreas!
Por exemplo, a reserva ianomâmi, lá em Roraima, e um pedacinho no Amazonas, tem duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro, para 9 mil índios! Isso é um crime! O Brasil tem que ser nosso!
Empenho é o que eu peço a todos, para resgatar esse nosso território e integrar o índio à sociedade.
Obrigado, Sr. Presidente.
Mais uma vez, obrigado pelas palmas! (Palmas nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Francisco Floriano) - Obrigado, Deputado Jair Bolsonaro.