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CÂMARA DOS DEPUTADOS |
COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
55ª Legislatura - 2ª Sessão Legislativa Ordinária
ATA DA 26ª REUNIÃO
AUDIÊNCIA PÚBLICA
realizada em 26 de outubro de 2016.
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Às
dezesseis horas e doze minutos do dia vinte e seis de outubro de
dois mil e dezesseis, reuniu-se
ordinariamente a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado, no Plenário 6, Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a
presidência do Deputado Lincoln Portela. Registraram presença os
Deputados Laudivio Carvalho - Titular; Carlos Henrique Gaguim e
Lincoln Portela – Suplentes. Compareceu também o Deputado Evair
Vieira de Melo, como não-membro. Deixaram de registrar presença os
Deputados Alberto Fraga, Alexandre Baldy, Alexandre Leite, Aluisio
Mendes, Cabo Sabino, Capitão Augusto, Delegado Éder Mauro, Delegado
Edson Moreira, Eduardo Bolsonaro, Efraim Filho, Ezequiel Teixeira,
Fernando Francischini, Gilberto Nascimento, Givaldo Carimbão,
Gonzaga Patriota, Guilherme Mussi, João Campos, Laerte Bessa, Mauro
Lopes, Moroni Torgan, Onyx Lorenzoni, Paulo Freire, Reginaldo Lopes,
Rocha, Ronaldo Martins, Subtenente Gonzaga, Vitor Valim e Wilson
Filho. Apresentou escusa a Deputada Keiko Ota. ABERTURA: O Deputado
Lincoln Portela declarou abertos os trabalhos e anunciou a ORDEM DO DIA: audiência
pública para debate sobre a Proposta de Fiscalização e Controle nº
25, de 2011, que "Requer que a Comissão de Segurança Pública e
Combate ao Crime Organizado realize a fiscalização e controle do
Programa Antiterrorismo no Brasil", em atendimento ao Requerimento
nº 168/16, de sua autoria. Em seguida teceu comentários a respeito
dos objetivos traçados pela autora da Proposta de Fiscalização e
Controle, ex-Deputada Perpétua Almeida, e também sobre o relatório
prévio apresentado pelo primeiro relator designado, ex-Deputado
Delegado Protógenes. Em seguida, afirmando que, devido à necessidade
de obtenção de informações atualizadas sobre o programa
antiterrorismo, resguardadas aquelas que fossem sigilosas, decidiu
apresentar o requerimento que deu origem à audiência, para que as
informações prestadas pudessem subsidiar a confecção de seu
Relatório. Ato contínuo, informou que também havia sido convidado
para a audiência o senhor Vladimir Barros Aras, Procurador Regional
da República, que não pode estar presente. Convidou então para
compor a mesa a senhora Márcia Lima de Aquino, Diretora de Controle
Externo da Segurança Pública do Tribunal de Contas da União; a
senhora Christiane Correa Machado, Coordenadora-Geral de
Inteligência do Departamento de Polícia Federal; e os senhores
Dennis Cali, Chefe da Divisão Antiterrorismo do Departamento de
Polícia Federal; e Saulo Moura da Cunha, Oficial de Inteligência da
Área de Contraterrorismo da Agência Brasileira de Inteligência –
ABIN. Registrou, em seguida, a presença do senhor Paulo Henrique
Pinho Souza, também oficial de inteligência da área de
contraterrorismo da ABIN. O Deputado Lincoln Portela informou que
concederia 15 minutos para a exposição de cada convidado, à exceção
da Senhora Christiane Correa Machado, que falaria por 10 minutos
porque compartilharia seu tempo com o Senhor Dennis Cali. Em
seguida, o Presidente passou a palavra à senhora Márcia Lima de
Aquino, que, inicialmente, agradeceu à comissão pela oportunidade
concedida ao Tribunal de Contas da União de tratar do tema. Em sua
apresentação, a convidada ressaltou o caráter sigiloso de algumas
informações sobre as fiscalizações realizadas pelo Tribunal, razão
pela qual não poderia detalhar alguns dados, e afirmou que focaria
sua explanação nas auditorias realizadas no ano de 2012, que foram
motivadas pela solicitação da Comissão de Segurança Pública e
Combate ao Crime Organizado. Apresentou em seguida a maneira como
foi definido o escopo da fiscalização, ressaltando que, no início
dos estudos que nortearam as ações, depararam-se com o fato de que
não havia um programa orçamentário específico sobre o
antiterrorismo, mas sim uma série de ações isoladas e metas
relacionadas ao tema, que estavam a cargo do Departamento de Polícia
Federal. Partindo desse pressuposto, informou a convidada,
delimitou-se o foco na Divisão Antiterrorismo, unidade do
Departamento de Polícia Federal mais vinculada ao objeto da
fiscalização. Feita essa delimitação, as auditorias objetivaram
buscar respostas sobre como se dava a organização e o funcionamento
da Divisão, de forma a identificar os resultados de suas ações e
aferir, se possível, o grau de aderência da Unidade às suas
finalidades institucionais. Segundo a convidada, depois de feitas as
auditorias, a equipe de fiscalização voltou a campo para monitorar
em que grau as recomendações do Tribunal de Contas da União tinham
sido cumpridas e constatou que as ações estavam em andamento.
Afirmou que posteriormente haveria uma nova etapa de monitoramento.
Logo após, manifestou-se a representante do Departamento de Polícia
Federal, senhora Christiane Correa Machado. Em sua apresentação, a
convidada confirmou o fato de que não existia na estrutura do
departamento uma dotação orçamentária específica para tratar sobre o
antiterrorismo. Registrou então que o tema está relacionado às
atividades não só da Polícia Federal, mas também de diversos órgãos,
especialmente aqueles relacionados à inteligência, como é o caso da
Agência Brasileira de Inteligência. Finalizou ratificando as
informações de sua antecessora quanto ao andamento das recomendações
feitas pelo Tribunal de Contas da União. Em seguida, como informado
pelo Presidente, a convidada compartilhou o tempo de fala com o
senhor Dennis Cali, que apresentou o histórico da Divisão de
Antiterrorismo do Departamento de Polícia Federal, suas atribuições,
o suporte legal que fundamentava a atuação da Divisão e sua forma de
ação. Logo após, o Presidente concedeu a palavra ao senhor Saulo
Moura da Cunha, que discorreu sobre as competências da Agência
Brasileira de Inteligência, com destaque para as do Departamento de
Contraterrorismo. Apresentou ainda, em linhas gerais, as ações de
inteligência de Estado na prevenção do terrorismo desempenhadas pelo
departamento. Ressaltou a importância da Lei 13.260/2016, chamada
popularmente de Lei Antiterror, que trouxe a definição de terrorismo
e definiu competências da Agência Brasileira de Inteligência quanto
ao tema. Salientou ainda a atuação da ABIN junto a agências de
inteligência internacionais, relação que foi intensificada a partir
da realização dos grandes eventos no País. Ao final das exposições,
o Deputado Lincoln Portela questionou aos convidados sobre a
necessidade de aumento do orçamento para as ações antiterrorismo e
sobre o controle de imigração de estrangeiros. Após o posicionamento
dos convidados, o Presidente agradeceu a todos pela presença e pelas
exposições. ENCERRAMENTO: o Deputado Lincoln Portela
encerrou os trabalhos às dezessete horas e trinta e dois minutos,
tendo antes, porém, convocado reunião ordinária para as 14 horas do
dia 9 de novembro de 2016, no Plenário 6 do Anexo II, para
deliberação de proposições constantes de pauta a ser divulgada e
para, em audiência pública, debater sobre “a forma, os prazos e os
meios de preservação e de transferência de dados informáticos,
mantidos por fornecedor de serviço, a autoridades públicas, para
fins de investigação criminal envolvendo delito contra criança ou
adolescente, nos termos contidos no Projeto de Lei nº 2.514, de
2015”, em cumprimento ao Requerimento nº 173/16, de autoria da
Deputada Laura Carneiro. E, para constar, eu, José Bemfica de Deus
_____________________, Secretário Executivo, lavrei a presente Ata,
que, lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado
Lincoln Portela _______________________, e publicada no Diário da
Câmara dos Deputados.
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