CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 42.2025 Hora: 10:16 Fase: BC
Orador: Roberto Monteiro Pai, PL-RJ Data: 03/04/2025

O SR. ROBERTO MONTEIRO PAI (Bloco/PL - RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, jovem Deputado Icaro de Valmir, demais pessoas que se encontram aqui de forma direta, presencialmente, e as que, de forma indireta, nos assistem pela TV Câmara ou por outros canais de comunicação desta briosa, importante, significante Casa, eu, como pai de Gabriel Monteiro, continuo, a todo momento, recebendo ligações, mensagens ao caminhar por corredores desta Casa. O povo está vindo.

Eu quero, neste momento, fazer um registro que dirijo ao povo simples, ao povo humilde, àquele trabalhador de empresa terceirizada, ascensoristas, trabalhadores que exercem outras funções, seja aqui, seja lá fora, no meio do povo. Ressalto o carinho do povo. No aeroporto, dentro de aeronave ou em qualquer lugar por onde eu esteja passando, o pessoal vem, a turma vem, o povo vem me felicitar pelo retorno do meu filho à sociedade.

Como é sabido, como é de conhecimento público, o meu filho Gabriel Monteiro ficou preso durante 2 anos e 4 meses, por uma acusação que não procede com a verdade. Imaginem, um jovem defensor do povo foi preso.

O nosso trabalho de Parlamentar, seja na esfera municipal, seja na estadual, seja na federal, o nosso trabalho de político é o de estar no meio do povo, não é o de ficar dentro de gabinete que tenha ar-condicionado, poltrona macia, mesa. Muitas tarefas se realizam dentro de gabinete, que é necessário; entretanto, o papel do político é exercido no meio do povo. E não concordo com esse negócio de ir para a rua só em época de eleição. Sorriem para o povo, para o eleitor, dizem o que o eleitor quer ouvir, alcançam um resultado favorável, mas, terminado o período de eleição, mudam, afastam-se do povo. Isso não!

Aproveitando o ensejo, digo que sei que se encontra presente neste plenário o seu pai, que é um grande Prefeito no Estado de Sergipe. Sua família marca uma grande história no Estado de Sergipe. O pai é Prefeito, o filho é um nobre Deputado Federal, com toda a sua juventude — V.Exa. certamente é o mais jovem Parlamentar da história desta Casa, ou, se não o for, está entre os três mais jovens. Pelo fruto se conhece a árvore. V.Exa. é um nobre Parlamentar do seu Estado. A sua irmã, filha do seu pai, também é uma nobre Parlamentar, é Deputada Estadual...

O SR. PRESIDENTE (Icaro de Valmir. Bloco/PL - SE) - É o irmão.

O SR. ROBERTO MONTEIRO PAI (Bloco/PL - RJ) - Sua irmã é Vereadora, correto?

O SR. PRESIDENTE (Icaro de Valmir. Bloco/PL - SE) - Estadual e Prefeito.

O SR. ROBERTO MONTEIRO PAI (Bloco/PL - RJ) - Ah, Estadual e Prefeito. O seu irmão é Prefeito, juntamente com o seu pai, que é Prefeito de outro Município. E sua irmã é Deputada?

O SR. PRESIDENTE (Icaro de Valmir. Bloco/PL - SE) - Não tem mulher.

O SR. ROBERTO MONTEIRO PAI (Bloco/PL - RJ) - Ah, não tem mulher. É só sangue bom. Amém.

Em resumo, essa é uma família que tem o respeito do povo do Estado de Sergipe. Contra fatos não há argumentos. Que Deus abençoe cada vez mais essa família, grandemente, porque V.Exa. representa essa família Valmir! A família representa muita nobreza nesta Casa.

Volto a falar do meu filho. Vereador na cidade do Rio de Janeiro, trabalhando incessantemente, foi tirado do circuito por causa daquilo que fizeram contra ele. Mas, ainda que o período tenha sido de 2 anos e 4 meses, dou glória a Deus, porque, em momento algum, Deus deixou de estar com ele dentro daquele cárcere. A sombra do Onipotente esteve ali do lado dele, guardando-o, cuidando dele, ajudando-o. E agora ele regressa.

Eu fico muito emocionado. Veja, quando o meu filho saiu do sistema, quando ele colocou o pé na rua, o assessor da minha filha fez um registro, minha filha pegou a imagem, fez uma collab comigo, que já teve quase 15 milhões de visualizações diretamente. De forma indireta, mais de 50 milhões de pessoas já viram esse momento tão emocionante.

Fica registrado o meu agradecimento, em todos os níveis, federal, estadual e municipal, ao povo deste Brasil, que tem me ligado direto. Mensagens são centenas de milhares, em que se manifesta alegria pelo retorno do meu filho ao convívio com a família, fora daquele sistema carcerário, por onde, durante 2 anos e 4 meses, estive caminhando.

Uma coisa me chamou muito a atenção. Quando recebeu a informação de que havia um pedido para que ele fosse conduzido à unidade prisional, ele se apresentou. Depois de 1 mês, preparamos toda a documentação para poder visitá-lo. Quando chegamos lá, naquele grande refeitório, ele veio andando e me deu um abraço. Eu dei um beijo nele. A primeira frase que ele me disse foi esta: "Pai, não traia o povo". Ele poderia ter dito isso em qualquer momento da visita, mas não. Essa foi a primeira frase que Gabriel Monteiro expressou. Ele disse: "Pai, não traia o povo. Eu posso estar privado da liberdade, mas você e minha irmã me representam lá fora. Não traia o povo, porque foi o povo que votou em você e é o povo que está junto com você. Eu estou dentro, e vocês estão fora. Lutem pelo povo".

Faço agora um registro muito triste. No domingo passado, foi assassinado um bravo combatente, um bravo herói, um grande policial da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que estava lotado na Core, que é a tropa de elite da Polícia Civil, equivalente ao Bope, da Polícia Militar, a nossa briosa e bicentenária Polícia Militar. A Core é uma unidade da nossa gloriosa e também bicentenária Polícia Civil. O bravo policial estava indo a um local com sua esposa, a nobre e digníssima Juíza Tula Mello, cada um no seu veículo, quando, de repente, ele se equivocou e entrou em uma comunidade, onde, à frente dele, estavam alguns elementos com fuzis. Sua esposa, em um carro blindado, conseguiu sair de ré. Os criminosos sentaram o dedo, alvejaram o carro dela, acertaram quatro tiros, e também o carro dele, que não era blindado. Moral da história: acabaram matando aquele bravo policial.

A insegurança, o medo, o pânico por todo o Brasil é algo que realmente nos assola. Hoje, o tema número um no nosso País é a insegurança. Isso não é diferente no nosso Estado do Rio de Janeiro. Ainda que tenhamos um Governador que tem investido, que tem feito um grande trabalho com a sua equipe de segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, ainda assim, lamentavelmente continua todo aquele transtorno relacionado à insegurança no nosso Estado, o que não é diferente por todo o Brasil.

Sr. Presidente, antes de concluir, solicito que este pronunciamento seja divulgado pelos canais de comunicação desta Casa.

Agradeço novamente ao povo na rua, às pessoas, por mais simples, por mais humildes que elas sejam, aos Senadores também, aos Deputados, ao Governo do Estado, ao Governo Municipal, porque eles estão vindo a mim, estão me felicitando e dizendo da alegria de saber que Gabriel está de volta à família e ao convívio dos amigos.

Então, Deus seja louvado!

Que seja uma grande semana para nós!

Há quem diga que não se trabalha nesta Casa. Pelo contrário, aqui se trabalha, e trabalha-se muito. Eu sempre digo que nós Parlamentares temos que trabalhar na mesma proporção do que nós ganhamos, porque ganhamos bem, se considerarmos a crise econômica que existe no País.

Quem vai ao supermercado chega lá e vê que o quilo do café está custando 180 reais. É um absurdo. Vê que 500 gramas está custando 90 reais. É um absurdo. Quando vou ao supermercado e vejo esses preços, o coração me dói. Imagine o povão, que fica preso a um salário mínimo, que não tem condição de comprar uma carne, de comprar um café, de comprar absolutamente nada. O quilo do abacate está custando quase 30 reais. Aonde chegaremos com isso?

Muito obrigado.

Deus os abençoe!

Sou o Deputado Federal Roberto Monteiro Pai, pai de Gabriel Monteiro e da Deputada Estadual Giselle Monteiro.

Shalom.