CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 211.4.53.O Hora: 14:36 Fase: PE
Orador: PAES LANDIM, PTB-PI Data: 02/12/2010

                      O SR. PAES LANDIM (PTB-PI.) - Sr. Presidente, São Raimundo Nonato, minha cidade de estimação, perdeu duas pessoas de gerações diferentes, mas todas queridíssimas da sociedade local. Uma é D. Teresa Paixão, a primeira mulher diplomada naquela dinâmica cidade do Piauí; estudou Farmácia na Universidade Federal da Bahia. Teresa vem de uma família dedicada ao estudo e ao trabalho. Seu pai, embora não tivesse feito nem o ginásio, tinha uma fantástica visão do mundo. Era um homem ilustrado. Dois filhos trabalhavam com ele no comércio: Raimundo Paixão, que foi político, ex-Deputado, e Osvaldo Paixão, meu ex-professor de Matemática. Os outros filhos homens foram encaminhados à Universidade Federal da Bahia: Humberto Paixão, grande médico, falecido prematuramente; Antônio Paixão, bom engenheiro, meu contemporâneo no antigo Ginásio Dom Inocêncio, em São Raimundo Nonato; Júlio Paixão, professor de Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, e da minha turma do ginásio citado. As irmãs todas foram professoras diplomadas na tradicional Escola Normal de Nossa Senhora Auxiliadora, de Petrolina, em Pernambuco.

O filho mais velho do seu Júlio Paixão, Luiz Paixão, foi o primeiro advogado diplomado de São Raimundo Nonato, pela então tradicional Faculdade de Direito da Bahia. Luiz Paixão era de uma cultura extraordinária. Tive o privilégio, quando adolescente, de conhecê-lo pessoalmente nos últimos anos de sua vida e quando vivia em cadeira de rodas. Era uma verdadeira universidade, uma sabedoria luminosa. Um jovem homem que iria mudar os rumos do papel do Direito no sertão piauiense.

O outro irmão de Teresa Paixão, José Paixão, empresário, viveu muitos anos na Bahia. Era uma figura queridíssima, mercê de seu fair-play. Era um gentleman.

Teresa Paixão foi casada com um querido primo meu, Newton Ribeiro, neto da querida tia Rosalina, a única irmã do meu avô paterno que eu conheci. Não tive a sorte de conhecer meu avô, Gasparino Ferreira dos Santos, que morreu ainda jovem.

Aos filhos de Teresa e Newton, Julinho, Ricardo e Maria Teresa, pessoas muito estimadas em São Raimundo Nonato, deixo minha saudade pública pelo falecimento de D. Teresa Paixão, que primava pela fidalguia e gentileza.

A par disso, São Raimundo Nonato perdeu inesperadamente Margarida Oliveira Costa, esposa de Antonino Costa (Totonho, como era conhecido), um comerciante trabalhador. Professora, era companheira dedicada ao marido e ao seu comércio. Margarida era uma pessoa atenciosíssima, suave, admirada e também querida em toda a região de São Raimundo Nonato e Coronel José Dias, antiga Várzea Grande, onde nasceu.

Manifesto minha solidariedade a seu pai, meu amigo Adelmar Costa, e a sua mãe, D. Socorro. Embora adversário de seu filho - recebi espetacular votação em Coronel José Dias de seus adversários -, sempre tive por Adelmar o maior apreço, e tenho uma estima especial pelo Adelmar Costa Júnior, tanto quanto por suas filhas, todas moças distintíssimas e estudiosas.

Registro aqui minha solidariedade porque foi uma morte imprevista. A Profa. Margarida, talvez ainda no auge da sua idade e capacidade física e mental, foi surpreendida provavelmente por um erro médico, razão por que seu falecimento comoveu a cidade.

Estendo a Totonho, Adelmar, Adelmar Júnior, a todos os seus familiares minha solidariedade, diante da imensa dor pelo falecimento da Profa. Margarida.

Muito obrigado.