CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 155.2.55.O Hora: 18:10 Fase: BC
Orador: JOÃO DANIEL, PT-SE Data: 20/06/2016

O SR. JOÃO DANIEL (PT-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos ouve pela Rádio Câmara e nos assiste pela TV Câmara, nós estamos acompanhando todo esse processo vivido neste momento, uma situação muito difícil para aqueles que pensam no futuro do Brasil e do povo brasileiro.

Se a Presidenta Dilma tivesse sido citada na delação de Sérgio Machado, essa delação teria a maior repercussão da história. A delação a que me refiro derruba mais um Ministro do Governo interino, do Governo golpista e conspirador contra a Presidenta Dilma, o Governo Michel Temer.

A Revista CartaCapital, uma das revistas mais sérias e honestas do País, que tem um jornalismo independente, traz na sua capa matéria que denuncia que o Governo Michel Temer está em decomposição. Ou ele renuncia, ou ele assume que tudo foi feito para que houvesse um grande acordo de acobertamento do fim da apuração dos casos que envolvem o grupo liderado por Michel Temer e Eduardo Cunha e os partidos que organizaram a Oposição.

Desde o dia em que a Presidente Dilma Rousseff ganhou a eleição, não teve 1 minuto de sossego, tudo sob a coordenação do candidato derrotado Aécio Neves - por certo um dos mais citados em todas as delações e, agora, houve a denúncia de que a própria eleição dele para a Presidência desta Casa, a Câmara dos Deputados, envolveu em torno de 100 Deputados.

As denúncias são muito graves, revelam que medidas provisórias e projetos nesta Casa e no Senado só andam à base de pagamento. Isso é o que o delator diz. As denúncias são muito graves. Mas neste momento não vemos as ruas. Onde estão as bandeiras verde-amarelas do combate à corrupção?

Quando se lê a CartaCapital, Sr. Presidente, está lá a matéria que diz quem eram os coordenadores do chamado Movimento Brasil Livre - MBL, envolvidos até com os partidos que tramavam o golpe aqui dentro, com esquemas de corrupção. Na verdade, cai a máscara a cada dia.

O que queriam era retirar o projeto em andamento liderado pelo Partido dos Trabalhadores e pelas forças progressistas; queriam retirar a primeira mulher eleita democraticamente para seu segundo mandato e dar um golpe nos direitos da classe trabalhadora na Previdência e nos direitos trabalhistas, para aumentar o lucro das empresas e aumentar a exploração da classe trabalhadora. Esse é o choque que foi e será dado.

Por isso, só as ruas mudarão a votação do Senado.