CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 121.2.55.O Hora: 14:08 Fase: PE
Orador: MISAEL VARELLA, DEM-MG Data: 18/05/2016

O SR. MISAEL VARELLA (DEM-MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, é cada vez mais evidente que um dos grandes desafios globais é o combate à corrupção.

O Fundo Monetário Internacional - FMI calculou que ela custa quase R$ 7 trilhões por ano à economia mundial. O Fundo citou o Brasil como exemplo de que desvios públicos podem desestabilizar o sistema político. É consenso que nossa sobrevivência institucional passa por reformas, sejam elas no aspecto político-econômico ou de valores. Só assim o Brasil poderá resgatar sua credibilidade e recuperar seu papel de liderança.

Sr. Presidente, peço que meu discurso seja dado como lido e divulgado no programa A Voz do Brasil e pelos meios de comunicação da Casa.

Muito obrigado.


PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, é cada vez mais evidente que um dos grandes desafios globais é o combate à corrupção.

O Fundo Monetário Internacional - FMI calculou que ela custa quase R$ 7 trilhões por ano à economia mundial. O Fundo citou o Brasil como exemplo de que desvios públicos podem desestabilizar o sistema político. É consenso que nossa sobrevivência institucional passa por reformas, sejam elas no aspecto político-econômico ou de valores. Só assim o Brasil poderá resgatar sua credibilidade e recuperar seu papel de liderança.

A corrupção pode causar graves danos ao crescimento econômico e à distribuição de renda. O estudo, publicado na edição de 11 de maio do jornal Folha de S. Paulo, afirma que "a urgência é global em sua natureza, porque a corrupção é um problema que afeta tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento".

Para ser mais preciso, o custo anual da corrupção é estimado em até US$ 2 trilhões, R$ 6,9 trilhões, com base em cálculos atualizados em 2015, ou o equivalente a 2% do PIB mundial. Para o FMI, maior do que o fator monetário é o custo econômico e social da corrupção.

Façamos então um raciocínio, levando em conta a sequência de danos aos cofres públicos que os escândalos do mensalão e da PETROBRAS e as suspeitas de desvios em licitações de obras públicas podem ter causado ao País nos últimos 13 anos. O custo social desses rombos é imensurável, uma vez que foram impressos grandes traumas a áreas fundamentais, como a saúde e a segurança pública.

A Diretora-Gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que "a corrupção tem um impacto corrosivo mais amplo na sociedade, pois abala a confiança no governo e corrói os padrões éticos dos cidadãos".

Em qualquer análise sobre o tema, é indispensável que a prioridade seja o combate à corrupção, como forma de garantir a estabilidade econômica e de devolver, mesmo que com certo atraso, aquilo a que do povo é de direito. Ou, nas palavras de Lagarde, "é particularmente importante no contexto de crises econômicas, em que medidas anticorrupção eficientes são críticas para restaurar a confiança".

Tenho dito.