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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO À MESA PARA PUBLICAÇÃO
O SR. PROFESSOR VICTÓRIO GALLI (Bloco/PSC-MT. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para denunciar os abusos cometidos pela Rede Globo de Televisão, através dos enredos de suas novelas. São fatos que influenciam diretamente a sociedade brasileira e que, lamentavelmente, afrontam essa sociedade, afrontam a família, fatos esses que nascem no âmago do poder de influência do mais importante canal de televisão brasileira.
Foi enorme a comoção pública com o primeiro capítulo da nova novela do horário nobre, intitulada ironicamente de "Babilônia", no último dia 16. De forma surpreendente, duas atrizes, com talento reconhecido internacionalmente, protagonizaram uma lamentável cena de beijo lésbico.
Sr. Presidente, o fato por si só é grave, mas alcança um peso ainda maior por estar se tornando rotineiro. Sabe-se que, nos últimos tempos, todas as novelas que ocupam o horário nobre daquela emissora têm retratado cenas de relacionamentos homossexuais. Chega a parecer uma obrigatoriedade nos enredos, visando, certamente, tornar comum e natural algo que não é. O comportamento gay pertence a uma autoproclamada minoria, e nós, que não comungamos com tais atos, não podemos ficar reféns de um comportamento que atenta contra o conceito moral e os costumes da maioria da população cristã deste País.
Sras. e Srs. Deputados, não adianta a TV Globo alegar que tais cenas são passadas após as 21 horas, pois elas são repercutidas, quase que imediatamente, nas redes sociais, ficando à disposição de qualquer pessoa, de qualquer idade. Acho que não há mais nenhuma dúvida sobre o apadrinhamento da Rede Globo ao movimento gay. A prova disso é que cada cena desse quilate é comemorada por ativistas gays como uma "vitória".
A verdade é que a televisão brasileira está explorando a sexualidade como forma de ganhar ibope, e seus apoiadores desrespeitam aqueles que não concordam com tais atitudes. A sociedade brasileira, hoje, se vê presa aos desejos de uma autoproclamada minoria, que determina o que devemos assistir e aceitar.
Devo lembrar às famílias de bem que as vozes que se levantam contra esses desmandos se tornam alvos de ataques de ódio por parte do ativismo fundamentalista gay. Ironicamente, virou crime emitir opinião no Brasil, principalmente quando as opiniões são contrárias aos marxistas e ativistas de minorias.
Sou a favor de direitos, mas não de privilégios. E não irão ganhar no grito, estou pronto para o debate. Estou aqui em defesa da família e dos valores cristãos, inclusive a FPE (Frente Parlamentar Evangélica), que tem como seu Presidente o Deputado João Campos, também fará uma nota repudiando essas programações que não tem nada de edificante para as nossas famílias. Assumo isso com orgulho, ainda que respeite as divergências, mas o meu posicionamento contra as mensagens passadas nas novelas da TV Globo se embasam não só nos preceitos morais e cristãos, mas na própria Constituição Federal do Brasil.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o art. 221, inciso IV, da Constituição Federal, diz textualmente que a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão devem atender aos princípios do respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Fica então a minha pergunta: quando são apresentadas situações de sexualidade explícita e cenas de homossexualismo que valores éticos e familiares estão sendo respeitados?
A família brasileira, diante dos desmandos dos canais de televisão, têm se afastado, cada vez mais, daquela que seria sua fonte de lazer, divertimento e educação. A programação atual, capitaneada por uma minoria barulhenta e desrespeitosa, só está privilegiando o desrespeito à instituição familiar, à moral e aos valores mais profundos da fé cristã.
Que Deus abençoe a todos os brasileiros.
Era o que tinha a dizer.