CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 005.2.55.O Hora: 14:28 Fase: PE
Orador: CARLOS HENRIQUE GAGUIM, PMB-TO Data: 16/02/2016

O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (PMB-TO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria que constasse como lido o nosso discurso que vamos encaminhar a esta Casa.

No nosso Estado, neste final de semana, o Governo do Estado e o Prefeito brigaram. Houve uma briga em relação ao zika, a quem seria o pai da criança.

Acho que não é por aí, Sr. Presidente. Nós temos que combater essa epidemia e fazer a prevenção que tem que ser feita em todo o País, não só agora. Essa situação é alarmante. A nossa obrigação é lutar pela prevenção que vamos fazer e trabalhar nesse sentido, para que não possa afetar milhares e milhares de pessoas. E que o Prefeito e o Governador deixem de brigar. Vamos trabalhar, porque o nosso povo merece respeito!

O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.


PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, preocupado com o recorde de casos de dengue e com o avanço do vírus da zika em nosso País, venho a esta tribuna destacar a importância do combate a essa epidemia, que foi declarada pela Organização Mundial de Saúde - OMS emergência de saúde pública internacional. No Brasil, já temos mais de 1,5 milhão de contágios desde abril do ano passado. Esses dados são alarmantes, e precisamos mudar esse quadro urgentemente.

O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, avalia que a situação do zika vírus no Brasil pode ser pior do que o imaginado, já que 80% das pessoas contaminadas não apresentam sintomas.

No Estado de Tocantins, a Secretaria da Saúde já investiga cerca de 84 casos de microcefalia. O objetivo é verificar se há relação com o zika vírus. De acordo com dados atualizados do Ministério da Saúde, até agora, somente este ano, 101 notificações já foram registradas em 39 Municípios do Tocantins: Almas, Ananás, Angico, Aragominas, Araguaína, Araguatins, Augustinópolis, Babaçulândia, Brejinho de Nazaré, Campos Lindos, Centenário, Chapada da Natividade, Colinas do Tocantins, Conceição do Tocantins, Darcinópolis, Dianópolis, Divinópolis, Formoso do Araguaia, Goiatins, Lagoa do Tocantins, Miranorte, Monte do Carmo, Natividade, Nova Olinda, Novo Acordo, Pedro Afonso, Pequizeiro, Piraquê, Porto Nacional, Rio Sono, Santa Rosa do Tocantins, Santa Tereza do Tocantins, Taguatinga, Palmas <http://g1.globo.com/to/tocantins/cidade/palmas.html>, Tocantínia, Tocantinópolis, Wanderlândia, Xambioá, Esperantina.

Diante da gravidade dessa epidemia, todos nós temos que ajudar deixando nossa casa, terreno e redondeza limpos. Temos que observar a existência de algum lugar com possibilidade de propagação do mosquito. É nossa obrigação denunciar. Não conseguiremos sair dessa situação se não formos atuantes.

Para avançarmos nesta guerra, os Governos precisam reconhecer seus erros e fazer sua parte.

Matéria divulgada hoje no jornal Folha de S.Paulo comprovou que o Governo Federal e 17 Estados da Federação reduziram seus gastos com atividades de vigilância epidemiológica. No Estado de Tocantins, por exemplo, segundo a matéria, em 2015 investiram-se 8 milhões a menos que no ano de 2014 nas atividades de prevenção e controle de doenças.

A luta de combate ao mosquito deve ser permanente, e a população deve fazer sua parte; porém, fica difícil quando se observa falta até mesmo de kits de teste de exame nos hospitais e postos de saúde da rede pública, que deveriam serem fornecidos pelo Governo nesse estado de urgência por que passamos. As ações do Governo para lidar com essa epidemia não podem ser lentas nem burocráticas.

Quero afirmar aos nobres pares que a redução de investimentos na rede estruturada de vigilância tem impacto direto na saúde das pessoas.

Sr. Presidente, peço que este discurso seja dado como lido e publicado nos meios de comunicação desta Casa e no programa A Voz do Brasil.