CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

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Sessão: 149.2.55.O Hora: 13:34 Fase: BC
Orador: MISAEL VARELLA, DEM-MG Data: 15/06/2016

O SR. MISAEL VARELLA (DEM-MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é triste ver que a corrupção no Governo anterior causou graves sequelas para os brasileiros. Mas serve de alívio sabermos que houve mais prisões no Brasil por corrupção. De acordo com o censo nacional da população carcerária, do Ministério da Justiça, o número de presos por esse motivo aumentou 80%, de 2010 a 2014. Os cidadãos, especialmente políticos, devem ser submetidos ao mesmo rigor da lei, e esperamos que as recentes operações contra a corrupção possam confirmar esse desejo meu e de toda a população brasileira.

Em 2010, 1.411 detentos respondiam por este delito, enquanto que, em 2014, o número saltou para 2.543, de acordo com matéria publicada esta semana pelo jornal O Tempo. O crescimento de 438,7% dos casos de corrupção passiva, por exemplo, reflete a crença do povo brasileiro de que o País não deu certo e que as instituições, públicas ou privadas, estão contaminadas. O que nos deixa esperançosos é que os caminhos da corrupção estão se tornando cada vez mais estreitos e que a herança deixada pelo desgoverno da última década não será mais usufruída pela classe política.

Para se ter uma dimensão do estrago que a corrupção fez aos cofres públicos brasileiros, a matéria afirma que os crimes de corrupção respondem por apenas 0,2% do total contabilizado nas cadeias brasileiras. Mesmo assim, é imensurável o impacto financeiro e social que eles tiveram para a população e a quantidade de benefícios que o brasileiro deixou de receber por este motivo.

De acordo com o Coordenador da Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (MPF), Marcelo Moscogliato, a presença de condenados por corrupção ainda é baixa devido à dificuldade de obtenção de provas. "Quem pratica a corrupção não dá recibo. O que os números mostram é que tem havido uma atuação indiscutivelmente mais efetiva na investigação e no processamento dos crimes de colarinho-branco no País", afirma.

Sr. Presidente, peço a divulgação deste pronunciamento no programa A Voz do Brasil e nos demais meios de comunicação desta Casa.

Tenho dito.