CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 4.2020.B Hora: 14:12 Fase: BC
Orador: ERIKA KOKAY, PT-DF Data: 30/06/2020

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Sem revisão da oradora.) - Nós estamos vivenciando tragédias permanentes. O Governo Bolsonaro impõe a tragédia ao cotidiano da população brasileira. Nós vemos o nível de desemprego que estamos tendo. Nós temos o Ministério da Saúde que não libera os recursos necessários para Estados e Municípios. Nós não temos apoio para a média, nem para a pequena e a microempresa, que são, na verdade, quem emprega neste País.

Nós temos, na verdade, o caos, a tragédia incorporada às nossas vidas, com mais de 58 mil mortes neste País por aquela que o Presidente disse que seria uma gripezinha.

Mas a tragédia vai perpassando o conjunto do Governo. Nós temos, hoje, na Fundação Palmares, uma pessoa que sequestra os princípios da instituição e estabelece um racismo institucional.

Mas não é só isso. No Ministério da Educação, temos um indicado que é uma verdadeira fraude. O seu currículo não se sustenta, nem nada do que foi posto! Definitivamente, nós temos, indicado para assumir o Ministério da Educação, alguém que espanca a verdade, que colide com a verdade. Portanto, é outra fraude.

E aqui, no Distrito Federal, nós temos uma repetição desse processo.

O Governador do Distrito Federal quer aprovar, no dia de hoje, a reforma previdenciária dos servidores daqui, do DF, os quais estão com salários congelados há muito tempo. Falo de servidores da educação, servidores que estão enfrentando a COVID-19 e cujo escudo é a sua própria vida. Esses servidores vão ter diminuição no seu salário. As aposentadorias também vão diminuir de valor. A aposentadoria vai ficar mais difícil de ser alcançada por servidores e servidoras.

Por tudo isso, é preciso dizer "não" a essa reforma da Previdência de um Governador que não consegue combater a taxa desemprego no Distrito Federal, que está maior do que 20% - em regiões mais pobres do DF, o desemprego chega a 30%.

E o que diz o Governador? Que tem que retomar as atividades no Distrito Federal e romper definitivamente o isolamento social. Diz, ainda, que a pandemia é uma gripezinha. São mais de 550 mortes aqui no Distrito Federal, e quem parte é amor de alguém, como se disse na manifestação da cultura, no dia de ontem: "É amor de alguém que está partindo" e que o Governador do Distrito Federal desrespeita, ao dizer que essa pandemia é uma gripezinha.

O mesmo Governador que decretou estado de calamidade pública no Distrito Federal disse que vai abrir todo o Distrito Federal, rompendo definitivamente o isolamento social, no momento que em nós temos, segundo o Ministério Público, mais de 90% dos leitos de UTI comprometidos. O Governo diz que são por volta de 60% os leitos ocupados, mas são mais de 90%.

Por isso, fora, Bolsonaro e fora, Ibaneis!