CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 144.2021 Hora: 13:04 Fase: OD
Orador: ORLANDO SILVA, PCDOB-SP Data: 25/11/2021

O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a votação deste auxílio para os mais pobres do Brasil é uma evidência de que Jair Bolsonaro é indigno de ser Presidente da República, porque ele apresentou a este Parlamento uma proposta indigna, revoltante, que ignora os desempregados, os desalentados, perto de 40 milhões de brasileiros que vivem um drama, em função da crise da economia e da incompetência do Governo, que é incapaz de garantir a retomada do crescimento econômico e a retomada do emprego.

O Presidente da República é insensível à fome que atinge milhões e milhões de famílias. Quantos de nós, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, não ficamos indignados ao ver pessoas catando restos de comida e carcaças em açougues para alimentarem as suas famílias? E o que o Presidente da República propôs a este Parlamento? Ele propôs excluir do rol de beneficiários deste novo auxílio 25 milhões de brasileiros que já receberam algum auxílio durante a crise agravada com a pandemia. É muita insensibilidade! É muita indiferença diante da dor do povo!

Devo dizer que o Deputado Marcelo Aro e a Câmara dos Deputados, uma vez mais, atentos à necessidade do povo, mexeram no texto para ampliar a parcela da população que vai receber o benefício, para garantir que tenhamos permanentemente uma renda básica para a nossa população. E a Oposição vai disputar no plenário a definição do valor desse benefício.

Nós defendemos que todos aqueles que receberam auxílio emergencial, se não têm emprego, recebam os 600 reais.

E o auxílio emergencial foi de 600 reais graças ao Congresso Nacional! O Sr. Paulo Guedes queria que fosse de 150 reais; depois de ser apertado, o Governo propôs 200 reais. A Câmara e o Senado é que garantiram 600 reais para as famílias que necessitavam de auxílio durante a pandemia.

A nossa posição continuará sendo esta: o auxílio tem que ser uma renda mínima que garanta dignidade para as nossas famílias, para as famílias mais pobres.

Eu cumprimento o Relator, que elevou as linhas da extrema pobreza e da pobreza, porque isso permitirá que mais pessoas possam receber o benefício. Mas milhões e milhões de famílias estarão fora, caso nós não alteremos a regra que está sendo apresentada neste momento.

A Oposição segue firme, defendendo a renda mínima para a população. A Oposição segue firme, denunciando Bolsonaro, que acabou com o Bolsa Família e tenta aprovar uma proposta eleitoreira, para fazer uso dela na disputa da eleição presidencial. Desmascarar Bolsonaro é a nossa missão.

Eu estou seguro de que o povo brasileiro, em 2022, vai dar a devida resposta a esse cidadão indigno de ser Presidente da República, que desrespeita o povo brasileiro, que ignora a dor, a fome e o desemprego que está no cotidiano da nossa gente.

Muito obrigado, Presidente.