CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 011.2.54.O Hora: 19:50 Fase: OD
Orador: JILMAR TATTO, PT-SP Data: 14/02/2012

                    O SR. JILMAR TATTO (PT-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobres Sras. e Srs. Deputados, com certeza é para mim uma honra muito grande estar aqui na Liderança do PT. Para quem é do Partido dos Trabalhadores, este é o cargo mais alto da nossa bancada.

Neste momento, eu não poderia deixar de agradecer, de coração, à minha bancada, à bancada de 85 Deputadas e Deputados que teve a generosidade de me conduzir à Liderança deste partido. Espero este ano poder atender de forma adequada à expectativa que minha bancada deposita no momento sobre mim.

Eu não poderia deixar de fazer aqui um agradecimento público ao meu Líder Paulo Teixeira, que, com muita maestria, conseguiu conduzir a bancada com unidade, com debate político, fazendo com que todos os Deputados e Deputadas pudessem se sentir representados.

Quero aqui fazer uma menção especial, um agradecimento a V.Exa., Presidente Marco Maia, parabenizando-o pela condução dos trabalhos, porque imagino quão difícil é conduzir a Presidência da Câmara.

Cumprimento os Líderes da base. Cumprimento os Líderes da Oposição. Cumprimento, de modo especial, o Líder do Governo, Deputado Cândido Vaccarezza, que tem conduzido a base de apoio à Presidenta Dilma com maestria, fazendo com que os projetos de interesse do Governo e do País fossem hoje aqui votados.

Hoje não está sendo um dia qualquer: votamos duas medidas provisórias. A PEC que estamos votando neste momento é importantíssima para os funcionários públicos, que há anos pedem a reparação dessa injustiça. Votamos a Medida Provisória nº 544, que trata da organização da indústria nacional a partir das compras da Defesa. O Exército, a Aeronáutica e a Marinha compram bilhões em equipamentos, uniformes, coturnos, helicópteros, aeronaves, combustível para treinamento e armamentos. Nós estamos organizando essa indústria. É assim que pensa o País.

Eu não poderia deixar de dizer que, justamente hoje, tive o privilégio de participar da reunião do Conselho Político da Presidenta Dilma, com todos os Líderes da base e a Coordenação Política do Governo.

E o que a Presidenta Dilma nos disse na reunião de hoje de manhã? Três diretrizes básicas, diretrizes fundamentais para o Brasil continuar crescendo. Ela disse: "O Brasil este ano vai crescer 4,5%".

Mas esse crescimento de 4,5% não se dará ao léu; não basta anunciar uma meta para ela acontecer. Para crescer 4,5% tem que haver política industrial afirmativa valorizando a indústria nacional em detrimento dos produtos importados. Tem que haver investimento por meio do PAC - só este ano serão empenhados no PAC 43 bilhões, para que o Estado possa investir. Tem que haver investimentos na área social.

Por que investimento na área social? Por que investimento no salário mínimo? Por que investimento no Bolsa Família? Por que investimento na agricultura familiar? Justamente para aumentar o consumo interno. Por que desonerar a indústria, desonerar o comércio, desonerar o material de construção? Para que as pessoas tenham emprego e possam gastar. Por que melhorar o crédito? Por que diminuir o spread? Por que fazer com que o crédito consignado continue? Justamente para que o povo brasileiro tenha poder de compra. Essa é a mágica - que para nós, para o Governo Lula não foi mágica, como não está sendo mágica para a Presidenta Dilma.

Na verdade, o consumo interno é que está garantindo e vai continuar a garantir o nosso crescimento econômico de 4,5%. Nós estamos persistindo nas bases da macroeconomia, e a Presidenta Dilma Rousseff está conduzindo este País com muita responsabilidade.

Daí decorre o controle rígido da inflação. Por isso, S.Exa., como disse, vai visitar as principais obras do PAC neste ano. Disse a Presidenta: "É com o olho do dono que o boi engorda". O que isso significa? Significa que ela quer acompanhar in loco a execução das obras do PAC. Significa que está acompanhando dia e noite a execução do Programa Minha Casa, Minha Vida, tanto do ponto de vista do setor público, quanto do ponto de vista do setor privado.

Mas não para por aí. Hoje, a Presidenta Dilma disse na reunião do Conselho Político que nós temos que fazer gestão, temos que apostar nela. Gestão não é uma palavra sem conteúdo, não é aquela palavra que muitas vezes os neoliberais usam para tenta confundir o povo brasileiro, dizendo que há diferença entre o técnico e o político. Para nós, gestão significa que o serviço público tem de estar a favor do povo brasileiro em toda a sua universalidade.

A gestão leva ao entendimento de que, depois que tivemos mais de 40 milhões de pessoas inseridas no consumo, essas pessoas também querem ter o direito à saúde e à educação de qualidade. Querem ter direito a transporte, à mobilidade adequada.

Gestão significa apostarmos nas ferramentas, naquilo que significa inteligência, naquilo que hoje a ciência nos oferece como instrumento para facilitar a vida dos cidadãos e cidadãs. Gestão significa investir em tecnologia. Gestão é fazer o acompanhamento dia e noite da execução orçamentária. Fazer gestão é dizer que nós queremos técnicos na administração pública cada vez mais.

Não sem razão estamos investindo na universidade pública federal. Não sem razão estamos investindo nos institutos técnicos federais. Não sem razão, por meio do Plano Nacional de Educação, vamos investir muito mais na educação de base.

Por isso, acreditamos e apostamos no técnico, para que o técnico possa efetivamente fazer com que a política use a técnica para melhorar a gestão pública. É disso que se trata. É deste Governo que estamos falando: um Governo que hoje é respeitado no mundo.

Quando o Governo Lula assumiu a Presidência deste País, havia 15 bilhões em reservas. Hoje o Brasil tem 360 bilhões em reservas. Em 2002, a inflação era de 12,5%. Hoje a média da inflação é de 4%. Havia 1,6 milhão de empregos em 2002, na gestão anterior. Hoje, já foram gerados 18 milhões de empregos. É deste País que estamos falando. É essa agenda política que temos de discutir neste ano.

Precisamos aperfeiçoar a administração pública, o serviço público; promover investimentos no PAC, em programas como o Minha Casa, Minha Vida. Temos de apostar, cada vez mais, na valorização do salário mínimo e cada vez mais na desoneração da folha de pagamentos, para que mais empresários possam empregar cada vez mais. Precisamos apostar principalmente naqueles que geram emprego e acreditam no Brasil.

Não vamos entrar no jogo da Oposição, que, toda vez que o Brasil está dando certo, fica, como se fosse um martelo, tentando furar a canoa. Mas, felizmente, de 2 em 2 anos ou de 4 em 4 anos, vem o povo brasileiro, como se fosse um deus grego, varrer de novo a Oposição para longe desse grande oceano, desse grande navio que está conduzindo o Brasil, cada vez mais respeitado. Toda vez que esse navio aporta, em todo porto a que vai, ele é respeitado. Não vamos deixar que uma pequena canoa da Oposição fure esse navio. As eleições servem para afastar, cada vez mais, os piratas que tentam furar esse grande transatlântico que é o Brasil de todos nós.

Viva o povo brasileiro! Viva o PT! Viva o Governo Dilma! Viva a bancada do meu partido!